<font color=0094E0>Arlindo Vicente
Arlindo Augusto Pires Vicente nasce a 5 de Março de 1906 no Trovisval, concelho de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro. É no ensino liceal desta cidade que Arlindo Vicente frequenta com distinção o curso de desenho e publica a sua primeira ilustração.
Em 1926 matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, curso que abandona para se licenciar em Direito, já em 1932, depois de várias matrículas em Lisboa.
Em 1927 participa na organização do 1.º Salão de Arte dos Estudantes da Universidade de Coimbra onde expões 16 obras. E em 1930, 1931 e 1936 participa nas mostras dos Artistas Modernos Independentes, em Lisboa, os quais se opõem ao investimento propagandístico patrocinado por António Ferro.
A oposição que manifesta ao fascismo colocam-no em rota de colisão com o regime. Arlindo Vicente dedica-se nos anos 30 e 40 quase em exclusividade à advocacia, destacando-se na defesa de vários democratas e antifascistas perante os tribunais da ditadura. De 1946 a 1956 expõem ainda oito vezes na Sociedade Nacional de Belas Artes, na qual participará ainda várias vezes como membro dos corpos sociais.
Nos anos de pujança do Movimento de Unidade Democrática (MUD), sobretudo por ocasião da sua ilegalização, Arlindo Vicente participa na luta antifascista, e em 1951 contribui activamente para a candidatura do professor Ruy Luís Gomes à Presidência da República.
Em 1957, integra a lista da Oposição Democrática pelo círculo de Lisboa, e em 1958 disputa a campanha nas eleições-burla.
Em Setembro de 1961 chega a prisão. Permanece 19 dias e noites num compartimento com dois metros por um, os famosos «curros» do Aljube. Sujeito a tortura e sem a necessária assistência médica. A condição precária provoca em Arlindo Vicente graves problemas de saúde, pelo que a PIDE transfere o ex-candidato para Caxias, mantendo-o durante três meses e meio isolado. É condenado em 1962.
Em 1970, realiza a primeira exposição individual na SNBA, e quatro anos mais tarde, já depois de derrubado o fascismo, volta ali volta a expor 70 obras.
A 24 de Novembro de 1977, Arlindo Vicente morre em Lisboa, com 71 anos, mas deixa um exemplo de tenacidade, elevação política e abnegação na defesa dos valores da democracia, liberdade e justiça social.
Em 1926 matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, curso que abandona para se licenciar em Direito, já em 1932, depois de várias matrículas em Lisboa.
Em 1927 participa na organização do 1.º Salão de Arte dos Estudantes da Universidade de Coimbra onde expões 16 obras. E em 1930, 1931 e 1936 participa nas mostras dos Artistas Modernos Independentes, em Lisboa, os quais se opõem ao investimento propagandístico patrocinado por António Ferro.
A oposição que manifesta ao fascismo colocam-no em rota de colisão com o regime. Arlindo Vicente dedica-se nos anos 30 e 40 quase em exclusividade à advocacia, destacando-se na defesa de vários democratas e antifascistas perante os tribunais da ditadura. De 1946 a 1956 expõem ainda oito vezes na Sociedade Nacional de Belas Artes, na qual participará ainda várias vezes como membro dos corpos sociais.
Nos anos de pujança do Movimento de Unidade Democrática (MUD), sobretudo por ocasião da sua ilegalização, Arlindo Vicente participa na luta antifascista, e em 1951 contribui activamente para a candidatura do professor Ruy Luís Gomes à Presidência da República.
Em 1957, integra a lista da Oposição Democrática pelo círculo de Lisboa, e em 1958 disputa a campanha nas eleições-burla.
Em Setembro de 1961 chega a prisão. Permanece 19 dias e noites num compartimento com dois metros por um, os famosos «curros» do Aljube. Sujeito a tortura e sem a necessária assistência médica. A condição precária provoca em Arlindo Vicente graves problemas de saúde, pelo que a PIDE transfere o ex-candidato para Caxias, mantendo-o durante três meses e meio isolado. É condenado em 1962.
Em 1970, realiza a primeira exposição individual na SNBA, e quatro anos mais tarde, já depois de derrubado o fascismo, volta ali volta a expor 70 obras.
A 24 de Novembro de 1977, Arlindo Vicente morre em Lisboa, com 71 anos, mas deixa um exemplo de tenacidade, elevação política e abnegação na defesa dos valores da democracia, liberdade e justiça social.